terça-feira, 6 de março de 2012

Serviços Ambulatoriais e de Pronto Atendimento atestam eficácia da Acreditação ONA


O Manual Brasileiro de Acreditação da ONA – Organização Nacional de Acreditação, para a certificação dos serviços de ambulatório e/ou pronto atendimento, teve sua primeira edição lançada em 2006 e hoje está em sua segunda revisão. Já foram concedidos para este tipo de organização cerca de 60 certificados nesse período. Atualmente, 40 certificações estão válidas. A Rede Santa Marcelina, com 13 Unidades Básicas de Saúde Acreditados; o Núcleo de Hematologia e Transplante de Medula Óssea e a Unidade de Pronto Atendimento Imbiribeira são alguns exemplos das instituições que atuam nessas áreas e que contam com a acreditação ONA.

Santa Marcelina se destaca na Gestão de Qualidade

A Casa de Saúde Santa Marcelina, de São Paulo, fez a opção de implantar a Gestão da Qualidade como o caminho mais adequado na definição de processos assistenciais, garantindo maior segurança do usuário e eficiência na assistência à saúde. Essa opção veio ao encontro da visão da instituição, que quer ser reconhecida pela excelência na Atenção Primária à Saúde (APS).
"Estamos localizados em uma região administrativa da capital paulista onde a saúde executa seus serviços através dos contratos de gestão com Organizações Sociais. Somos responsáveis por algumas regiões na zona leste e nossa opção inicial na implantação do Processo de Qualidade foi a região Cidade Tiradentes. Posteriormente, iniciamos o mesmo processo na região de Guaianases e Itaim Paulista", explica Lya Gabriela Gama,  da  Coordenação da APS.
Em Cidade Tiradentes, a rede conta com treze Unidades de Saúde que foram acreditadas entre 2010 e 2011, com todos os processos de trabalho (gerenciais, primário e apoio) mapeados; foi executado também o mapeamento médio de 52 processos por unidade de saúde, com um total de 95% dos colaboradores sensibilizados e capacitados para o processo de qualidade na instituição Santa Marcelina.
Localizadas em um território geográfico com 15 km² e 213.700 habitantes, todas as unidades contam com gerenciamento de riscos e com comissões de serviço, qualidade, biossegurança e prontuário. Contam também com ações de proteção do meio ambiente, através do PGRSS (Programa de Gerenciamento de Resíduos nos Serviços de Saúde).
"Com esse mapeamento conseguimos melhorar a qualidade na assistência eliminando situações de retrabalho, tornando mais claras as operações, as responsabilidades e identificando os pontos de melhorias na assistência prestada", atesta a representante do Santa Marcelina.

Núcleo de Hematologia e Oncologia ressalta Serviço de Atenção Médica

Certificado no nível 2 em fevereiro de 2010 e recém alcançado o nível de Excelência, o Núcleo de Hematologia e Oncologia de Minas Gerais foi criado em 1997 com o objetivo oferecer um tratamento diferenciado na atenção médica aos pacientes com doenças hematológicas e oncológicas, propiciando também a alternativa de transplante de medula óssea para pacientes particulares e do sistema de saúde suplementar.
Para isso, desde o início do processo de Acreditação  ONA, seu corpo clínico passou de 20 médicos em 2009 para 26 em 2011, o que significa um aumento de 30%. Houve também um aumento de 41% no quadro funcional; crescimento de 62% na receita e ampliação de 50% dos leitos em função do aumento da demanda em 40%.
"Tivemos 67 ações de melhorias implementadas em 2010 e 79 em 2011, o que resultou na média de 96,38% na pesquisa de satisfação de cliente externo em 2011 e de 95,21% entre clientes internos, contra a porcentagem de 75,04% na pesquisa anterior," relata Wanda Roenick, da área administrativa do Núcleo.
O processo de acreditação incluiu também a implantação do sistema de gestão de riscos, que resultou em diversas melhorias voltadas para segurança do paciente, entre elas o dispositivo móvel para checagem da medicação através do código de barras e processo diferenciado de etiquetagem de medicamentos perigosos.

UPA de Imbiribeira é referência de Pronto Atendimento

A Unidade de Pronto Atendimento Maria Esther Souto de Carvalho, IPAS-UPA da Imbiribeira é gerida pelo IPAS- Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde. Inaugurada em 26 de março de 2010, já conquistou a certificação de qualidade ONA nível 02. Seu atendimento é de 500 pacientes, 24 horas por dia, focado nas especialidades de Clinica Médica, Pediatria e Ortopedia, além de exames laboratoriais, raios-X e Eletrocardiograma para apoio aos diagnósticos.
Segundo Cristiana Melo, coordenadora geral dessa UPA, a instituição adotou a prioridade de atendimento pela gravidade do paciente, onde o tempo de atendimento é todo mapeado através de indicadores de desempenho do processo. A Unidade opera com prontuário eletrônico 100% implantado. Com estas melhorias a UPA Imbiribeira conseguiu atender 153.556 pacientes, apenas em 2011, sendo 80.787 na especialidade clinica médica, 42.888 na ortopedia e 29.131 na pediatria. Em 2010, o total de atendimento foi de 120.891 de pacientes.
Atualmente o IPAS-UPA de Imbiribeira garante média acima de 45 % dos pacientes atendidos no tempo de 10 minutos. Após este momento, o paciente entra no tempo estabelecido pela sua gravidade através do protocolo de Manchester. Mas mesmo em espera de atendimento são monitorados por enfermeiro para garantir a linha adequada de cuidado. De acordo com a metodologia adotada, o tempo preconizado para o atendimento é de duas horas para os pacientes classificados como verdes, uma hora para pacientes classificados como amarelos, dez minutos para pacientes classificados como laranjas e atendimento imediato para pacientes vermelhos.
O envolvimento como Unidade Sentinela e com o setor de Epidemiologia da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e do Ministério da Saúde, a fim de reduzir as subnotificações para dengue, motivou algumas ações implantadas neste ano, com treinamento de orientação da equipe médica e enfermagem quanto à identificação e conduta de pacientes com dengue, conseguindo com isso a redução de 100% das subnotificações a vigilância epidemiológica.
Outra realização importante registrada em 2011 foi o protocolo de Dor Torácica, onde a equipe foi treinada para garantir o tempo porta eletro de 10 minutos, além de seguir as rotinas terapêuticas. Atualmente, a unidade está em fase de conclusão para a implantação do trombolítico. Com estas iniciativas, a UPA tem obtido grande destaque entre instituições similares. O trabalho desenvolvido foi ressaltado como case de sucesso em diversos fóruns de discursão na área de administração hospitalar e informática em saúde, como na Feira Hospitalar 2011 e Congresso Internacional de Informática em Saúde.

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