terça-feira, 29 de março de 2011

Programa exporta conhecimento e boas práticas na área da saúde

Os programas de ensino que o Hospital Sírio-Libanês (HSL) mantém junto a profissionais de saúde
pública no Brasil, por meio de projetos em parceria com o Ministério da Saúde, e para o
desenvolvimento da medicina na América Latina, ganharão uma nova frente. A instituição brasileira
recebeu uma delegação do Al-Assad University Hospital, de Damasco (Síria), para um estágio inicial de
três semanas na área de transplante de fígado.

A vinda da equipe síria, formada por quatro cirurgiões, um anestesiologista e uma enfermeira, é a
primeira etapa de um programa que tem duração prevista de um ano. O objetivo é formar um primeiro
grupo de profissionais aptos a realizar transplantes de fígado intervivos e, posteriormente, replicar o
conhecimento entre seus pares nos países árabes.

O programa teve início em julho do ano passado, por ocasião da visita, promovida pela Câmara de
Comércio Árabe-Brasileira, do presidente da Síria ao Hospital Sírio-Libanês. No mês de outubro de 2010,
o superintendente de Estratégia Corporativa da instituição brasileira, Dr. Paulo Chapchap, viajou à Síria
acompanhado pelo cirurgião Riad Younes. Na ocasião, visitaram o hospital universitário de Damasco
para conhecer a infraestrutura da instituição que, bem equipada, buscava o aprimoramento dos seus
profissionais.

As negociações evoluíram a partir de uma parceria com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A
entidade foi a responsável pela elaboração, junto ao Hospital Sírio-Libanês e ao Itamaraty – por meio da
Agência Brasileira de Cooperação – de um planejamento de longo prazo para promover o intercâmbio
médico entre aquelas nações e o Brasil.

"As iniciativas direcionadas para o mundo árabe estão em linha com outras ações internacionais que
temos em andamento no Paraguai, com o treinamento de médicos, enfermeiras e farmacêuticas da área
de oncologia, além de uma missão humanitária de médicos e enfermeiros no Haiti", explica o
Superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Paulo Chapchap.

"Cumprindo nosso papel de aproximação do Brasil com os países árabes, a Câmara Árabe identificou
neste projeto uma oportunidade para a abertura de um canal direto de relacionamento entre instituições
de saúde dos dois países e transferência de conhecimento em um segmento em que o Brasil já é
referência", afirma Salim Taufic Schahin, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

Segundo ele, a iniciativa terá um efeito multiplicador muito positivo. "Nos sentimos realizados com a
rapidez de implementação deste projeto de transplante de fígado intervivos na Síria e acreditamos que o
modelo poderá ser replicado em outros países árabes", afirma Schahin.
Investimentos

O programa com a Síria receberá investimentos da ordem de US$ 610 mil, divididos entre o Hospital
Sírio-Libanês, o governo Sírio, a Agência Brasileira de Cooperação e a Câmara de Comércio Árabe-
Brasileira. O valor compreende as seis etapas do treinamento, que também incluem o acompanhamento,
pela equipe brasileira, de cirurgias feitas na Síria, intercaladas por períodos de avaliação.

Outro projeto conjunto que está sendo desenvolvido pelo Hospital Sírio-Libanês na Síria é a criação de
um sistema de tratamento de pacientes com câncer, uma vez que a demanda por esse tipo de serviço
vem aumentando no país árabe.

"Nosso objetivo é transferir conhecimento e transformar as instituições de outros países em centros de
referência. Dessa forma, podem levar a medicina de excelência para outras nações e beneficiar cada
vez mais pacientes", afirma o Dr. Paulo.

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