sábado, 4 de outubro de 2014

Aprendendo a fazer Gestão com a Disney

Que a Disney é uma excelente gestora em entretenimento e diversão ninguém dúvida, mas que ela pode servir de exemplo para uma Gestão mais eficiente e eficaz na saúde, isto alguns podem duvidar. Porém afirmamos, a Disney é sem dúvidas um modelo de gestão perfeitamente aplicável para organizações de saúde. Veja o que eles fazem com a Pesquisa de Satisfação de Clientes. Busca incansável pela fidelidade do cliente. Você pode ser perguntar: Porque é a fidelidade do cliente, e não a satisfação? É porque o que realmente  impulsiona o negócio é a repetição.
Pesquisas de satisfação, devem ser melhores aproveitadas nas Gestões Aplicadas à Saúde. Aluns administradores ignoram a importância deste item, por considerarem que os pacientes estão ansiosos, nervosos e incapazes de observarem os esforços da organização de saúde. Sendo assim, comemoram o fato de haver mais elogios do que reclamações. Quando um paciente satisfeito com seu atendimento, sente-se bem porque não aconteceu nada errado, normalmente ele marca de 3 a 5 (em uma escala de 5) nos quesitos de avaliação da pesquisa, porém isto não quer dizer que o mesmo retornará ao seu estabelecimento, apenas não ficou frustado. Este número, aparente positivo, cria uma falsa expectativa de que o paciente está satisfeito, e a equipe corre um grande risco de sentir que ela é tão boa ou excelente no atendimento do paciente, e que tem pouco ou nada a melhorar, quando na verdade o paciente só recebeu uma experiência comum ou às vezes pior que isso.
No famoso ensaio “Loyalty Effect: The Hidden Force Behind Growth, Profits, and Lasting Value” de Frederick F. Reichheldpublicado pela Harvard Business for Educators, descreve-se que os clientes que dão uma classificação de “4” a um serviço, são seis vezes mais propensos a desistir do mesmo, em comparação com aqueles que deram nota “5”. Em outras palavras, ter um índice de satisfação do cliente alto, não garante em nada que esse cliente pretenda voltar, nem que esteja fidelizando-o.
A Disney visa a fidelidade e não a satisfação da seguinte forma: sua medida é a % de clientes que avaliaram sua experiência como “muito satisfeitos”, ou seja 5 de 5. Portanto, um índice de, por exemplo, 75% em qualquer quesito da avaliação, significa que 75% das pessoas avaliaram esse ponto com nota máxima, dessa forma, ainda precisará trabalhar para conquistar o outro 25% que por alguma razão não ficou muito satisfeito.
Um das coisas que Lee defende no livro é que para fidelizar o paciente, você sempre tem que dar um motivo para que ele tenha uma história para contar, momentos únicos que o paciente não esperava, assim como, expressar uma empatia sincera pela angústia e sofrimento que ele está passando.
Ele conta que uma amiga passou por uma experiência que mudou sua vida para sempre. Ela soube que tinha um câncer de mama e que precisaria fazer uma mastectomia radical. Claro, a notícia foi devastadora e ela foi envolvida por sentimentos de medo e angustia, porém continha suas emoções porque não queria afetar seu casamento. Na noite posterior à cirurgia, quando ela ficou sozinha no quarto, simplesmente desabou, um sentimento de solidão e abandono tomou conta dela e começou a chorar inconsolavelmente. De repente, uma das enfermeiras entrou com uma bandeja nas mãos e acendeu a luz, quando percebeu que ela estava chorando, deixou a bandeja de lado, apagou a luz e sem falar uma palavra, sentou do lado dela segurando a sua mão. “Foi como se um anjo tivesse entrado no meu quarto”, disse sua amiga e finalizou “enquanto eu viver, nunca esquecerei o que essa enfermeira fez por mim”.
É nestas horas que a prática da humanização faz a diferença. Empresas de saúde, não podem esquecer a importância de olhar, tocar, sentir e se emocionar com os pacientes. Trabalhar a equipe da linha de frente para oferecer atenção e carinho, deve ser um trabalho permanente de gestão de pessoas. O cliente precisa se sentir único, mesmo para instituições abarrotadas de pessoas no atendimento. Caberá ao atendente, personalizar seu atendimento, buscando apoia o cliente em suas dúvidas, dificuldades e até mesmo, desconfiança.
Preocupado com isto, a RD Consultoria, vem aprimorando suas palestras e cursos para ajudar aos seus clientes e parceiros, que possuem visão sistêmica e que confiam no atendimento como diferencial, para oferecer o que há de mais moderno e humanizado, com dinâmicas de acolhimento, sensibilização e humanização das atendentes de telefone, recepção, enfermagem, manobristas, porteiros e equipe de higienização. É imprescindível que toda equipe seja mobilizada e capacitada para obter exito no atendimento, com foco na fidelização do cliente/paciente.

Ronaldo Damaceno
Gestor Executivo em Saúde
CRA-SP: 6-000074
(11) 3901-6734 




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