O motivo de
escrever este artigo é a maneira que encontrei de agradecer o carinho, esforço
e dedicação destes profissionais. Somente o amor é capaz de justificar toda
atenção dispensada.
Muitas vezes
digo em minhas palestras, reuniões e workshop que determinada pessoa, além de
gestora é enfermeira, causando irritações nos enfermeiros (as) presentes,
questionando-me o que tenho contra. Na verdade, fico espantado ao ver que, além
de todo amor pela profissão, ainda sobra espaço para buscar melhorias nos
processos.
Geralmente a
enfermagem passa todo seu conhecimento e carinho pelo próximo, para os
processos de gestão. Focada na visão do paciente, luta por seus direitos com
garra, exigindo desempenho superior dos envolvidos, exemplo: um enfermeiro (a)
auditor, exige atenção detalhada dos processos, pois incorpora a visão do
paciente em sua analise de risco e segurança.
Não quero
dizer já mais que as outras profissões na função de auditores, são piores ou
melhores, quero apenas registrar que a enfermagem luta pela segurança do
paciente. Talvez seja pelo fato de terem batalhado a vida toda pelo
reconhecimento da categoria e por mais espaço junto aos cuidados assistenciais.
Também tem o
fato da enfermagem passar a maior parte do tempo, buscando soluções para
reverter o quadro de enfermidade dos pacientes, tendo que, em muitas vezes,
anularem suas vontades e escolhas em prol dos cuidados que devem ser prestados.
Lembro-me
como se fosse hoje, as aulas da Madre Helena, enfermeira da Santa Casa de
Mococa, em 1983 dizendo que para ser um bom enfermeiro era preciso ter olho
clinico, ou seja, em uma simples passagem pelo quarto, observar todas as
possibilidades de risco, ex: nível do soro, volume do saco coletor, desconforto
do paciente no leito, corrente de ar, etc. Não obstante, as perguntas precisam
ser dirigidas e abertas para colher informações que os pacientes tem
dificuldades de revelar. Pergunto agora, se isto não é parte das atividades do
auditor?
Para surpresa
de muitos, exerci com muito orgulho a função de Atendente de Enfermagem, de
1980 até 1989, até o momento em que o COREN determinou o fim deste cargo. Como
já fazia Faculdade para Administração de Empresas, optei por abandonar a
profissão e seguir nos cargos administrativos. Porém a vida me revelou uma
grande surpresa, pois nunca consegui sair da área de saúde. Neste mesmo ano me
tornei administrador plantonista noturno e depois fui mudando até chegar no que
sou hoje, Gestor de Produção e de Qualidade com MBA em Gestão Executiva na
Saúde pela FGV.
Das
experiências que aprendi com a enfermagem, a mais importante foi à humanização,
o amor ao próximo, mas sem que isto me impedisse de fazer o que havia de ser
feito. A firmeza nos atos necessários para salvar a vida do paciente e ao mesmo
tempo, carinho para dar sentido em sua recuperação.
A enfermagem
vê os pacientes da pior maneira possível. Insegurança, medo, fraqueza e
desespero com toda intensidade possível. Mas nem por isto o abandona, muito
pelo contrário, passa força em palavras e carinhos, com objetivo de trazê-los
de volta a sua forma normal. Não tem como deixar de amar esta profissão.
Tendo isto,
acredito que a enfermagem bem preparada para a gestão ou para um cargo de
auditoria, trará excelentes resultados para a organização, principalmente se manter
o foco do cliente presente em suas ações.
Espero ter
conseguido relatar a importância da enfermagem nos processos de melhoria
continua das organizações.
Ronaldo
Damaceno
Gestor de
Qualidade
CRA-SP:
6-000074
RD
Consultoria
CRA-SP:
8649
www.rdconsultoria.com.br
rd@rdconsultoria.com.br
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