segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ONA vai participar do Comitê Cientifico da Conferência da ISQua, em 2014


A participação da ONA – Organização Nacional de Acreditação - na 29ª Conferência Internacional da ISQua - Sociedade Internacional de Qualidade em Saúde – realizada no final de outubro, na Suíça, já começa a apresentar resultados: a organização brasileira foi oficialmente convidada para fazer parte do comitê científico que vai definir a grade de palestras, apresentações e mesas redondas da 31ª Conferência da ISQUa, que será realizada no Rio de Janeiro em 2014. O convite, segundo a médica Maria Carolina Moreno, assessora de Relacionamento Interinstitucionall, que participou da última conferência, representa um importante passo na aproximação das duas instituições, pois a ONA ainda não faz parte das organizações de acreditação que integram a ISQUa.
“Além disso, o evento deu maior visibilidade ao trabalho que a ONA realiza junto aos serviços de Saúde no Brasil e permitiu uma interessante troca de experiências com os países participantes”, explica Carolina. “Tive oportunidade de participar de discussões com países menos desenvolvidos, onde ainda existem problemas sérios de abastecimento, saneamento e poucos recursos para a saúde, mas também acompanhei as apresentações sobre os avanços da assistência médica em países mais desenvolvidos”, relata.
Entre esses avanços, Carolina destaca a iniciativa de envolver o paciente nas decisões sobre o próprio tratamento, prática em discussão em diversos programas internacionais de qualidade. “Esse é um dos pontos que deverão ser revistos no manual da ONA, caso a organização passe a adotar os padrões da ISQUa”, revela a assessora. “Temos que manter o Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA atualizado e conectado com as tendências mundiais para a melhoria contínua, tanto no sistema quanto nos serviços de saúde”, conclui.

O que é ISQua

Criada em meados dos anos 1980, a ISQua é uma associação internacional independente, voltada para a qualidade e segurança dos serviços de saúde, através de pesquisas e desenvolvimento de metodologia própria para a implementação e análise da gestão, atuando também como certificadora de organizações acreditadoras em diversos países.
Fazem parte da ISQua médicos, enfermeiros, administradores, economistas e outros profissionais que atuam em instituições médicas e acadêmicas, serviços de saúde, organizações não-governamentais, assim como algumas agências governamentais, além das certificadoras.

Novas Normas Orientadoras já estão disponíveis no Portal da ONA


As Normas Orientadoras - NOs - do Sistema Brasileiro de Acreditação foram totalmente revistas e a nova versão, que passa a vigorar a partir de 1 º de janeiro de 2013, já está disponível no Portal ONA. O processo de revisão teve início em março deste ano e, antes da aprovação pelo Conselho no dia 3 de dezembro último, o texto foi apresentado aos representantes das Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) para os ajustes finais.
Por definir o conjunto de ações, atividades e regras que regem o Sistema Brasileiro de Acreditação (SBA/ONA), a revisão das normas orientadoras foi bastante detalhada, visando facilitar o seu entendimento, além de refletir os avanços do processo de acreditação. No final, o processo resultou no aumento de 12 para 19 NOs. Jaqueline Gonçalves, assessora técnica da organização, explica que a reestruturação foi necessária principalmente porque algumas normas passaram a incorporar muitos assuntos, o que tornou mais complexo o conteúdo, dificultando seu entendimento. Com a ampliação, as Normas Orientadoras passam a apresentar a seguinte distribuição:
NO 1 – Diretrizes do Sistema Brasileiro de Acreditação; NO 2 – Inscrição na Organização Nacional de Acreditação; NO 3 – Avaliação para o Diagnóstico Organizacional; NO 4 – Avaliação para a Acreditação; NO 5 -  Avaliação para o Selo de Qualificação ONA; NO 6 – Relatório de Avaliação; NO 7 – Divulgação da Certificação Concedida; NO 8 – Acompanhamento da Certificação; NO 9 – Avaliação para Recertificação; NO 10 – Avaliação de Upgrade; NO 11 – Notificação de Irregularidades do SBA/ONA; NO 12 – Código de Ética; NO 13 – Instituições Acreditadoras; NO 14 – Avaliadores do Sistema Brasileiro de Acreditação; NO 15 – Comitê de Certificação; NO 16 – Cooperação Técnica; NO 17 – Produção, Revisão e Validação das Normas e dos Manuais do SBA/ONA; NO 18 – Formação e Capacitação para Disseminação da Metodologia ONA; e NO 19 – Uso das Marcas ONA.
As Normas Orientadoras (que fazem parte das Normas Técnicas do SBA/ONA) devem ser de conhecimento das IACs, de seus avaliadores, assim como das organizações, serviços ou programas certificados ou mesmos dos interessados em processos de certificação. Para acessá-las gratuitamente basta entrar no site (www.ona.org.br) e preencher o cadastro que dá acesso à biblioteca virtual da Organização Brasileira de Acreditação.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Gestão da Qualidade na Saúde



Na última década, o movimento pela qualidade, introduzido nos setores industrial e de serviços, expandiu-se para o setor de saúde. As teorias básicas de controle e melhoria de qualidade, formuladas por Joseph Juran e W. Edwards Deming, bem como as abordagens abrangentes de gerenciamento pela qualidade da Gestão pela Qualidade Total (TQM, sigla em inglês) e
Melhoria Contínua da Qualidade (CQI, sigla em inglês) estão ganhando espaço no funcionamento cotidiano de instituições de saúde em todo o mundo. A maioria dos gestores e formuladores de políticas na área da saúde vêem agora como imperativa a avaliação e o controle de qualidade, bem como as atividades de melhoria de desempenho. Existem divergências, entretanto, quanto ao método de avaliação da qualidade a ser utilizado, por conta dos diferentes interesses envolvidos: os da própria instituição de saúde, os dos órgãos reguladores/ normalizadores e os das companhias de seguros-saúde que pagam ou compram os serviços prestados. Além disso, existe uma expectativa crescente de que a comunidade, como um todo, e especialmente os pacientes devem ter acesso a informações de qualidade, para ajudá-los a escolher os serviços de saúde e os médicos para lhes prestarem atendimento.

A reforma da saúde e o movimento da qualidade

Vários países estão tentando gerir eficientemente o excesso de oferta e controlá-lo quanto ao custo total. Espera-se que isso possa ser feito sem redução na acessibilidade e na qualidade dos serviços de saúde. Novos mecanismos de pagamento estão sendo elaborados para introduzir maior eficiência na produção dos serviços e, consequentemente, reduzir os custos.

Por exemplo, sistemas centralizados que anteriormente financiavam todos os gastos com o funcionamento e prestação de serviços à população estão  implementando controles nos gastos por meio da introdução de mecanismos de pagamento vinculados aos diagnósticos, de seguro-saúde pago pelo empregador e dos seguros de saúde privados. Os sistemas centralizados também estão verificando que a eficiência observada nos serviços organizados em redes integradas é bem promissora. A privatização, normalmente voltada para atividades industriais, foi introduzida no setor de saúde, tanto na prática liberal quanto na propriedade privada de serviços de saúde.

Há também países onde os serviços de saúde estão sendo consolidados em grandes corporações, cujas ações são negociadas na Bolsa.

Também evidente em todo o mundo é o movimento para priorizar a prestação de serviços em ambulatórios e em clínicas localizadas na comunidade, pois são menos onerosos. A introdução do home care (cuidados domiciliares), dos serviços para pacientes crônicos (long-term care/hospice care) é uma resposta à necessidade de se utilizar as unidades de cuidados intensos de maneira mais eficiente, de reduzir o tempo de permanência e assim aumentar a produtividade dos leitos e serviços.


Em países desenvolvidos, como nos países em desenvolvimento, o expressivo custo dos serviços com grande frequência leva questões dessa área a serem incluídas na agenda legislativa e de regulamentação. As abordagens legislativas e normalizadora são tipicamente fragmentadas e resultam em mudanças que podem ou não resultar em melhorias. Raramente um país tem a oportunidade de reformar o seu sistema de saúde.

Assim, são comuns as mudanças graduais, frequentemente introduzidas ou obtidas por meio do microgerenciamento de elementos parciais do sistema. Este tipo de mudança é acompanhada de uma grande expectativa de que serão alcançadas melhorias no acesso aos serviços de saúde, maior eficiência na prestação de serviços e, em última instância, melhoria na saúde e bem-estar da população.

Pacientes, em geral, não têm informação suficiente para escolher efetivamente entre mudanças repetidas. À medida que informações de todos os tipos se ornam mais acessíveis, a expectativa é de que isto também ocorra para as informações na área da saúde. São necessárias informações que ajudem os indivíduos a identificar os serviços e os profissionais que atendem a certas expectativas de “qualidade.” Essas expectativas podem estar relacionadas à infraestrutura (“Onde existe um serviço com aparelho de raios X?”),  processos de cuidados (“Qual o tempo de espera para ser atendido na clínica ou na Emergência?”) e resultados dos cuidados (“Será que o meu filho vai ficar bom?”). Informações objetivas que podem responder a essas indagações geralmente não estão disponíveis ao público e com frequência também não estão disponíveis sequer à unidade de saúde, profissionais de saúde e agências reguladoras.

O interesse crescente na avaliação da qualidade de serviços de saúde

Esse conjunto de fatores propiciou um clima no qual os responsáveis pela tomada de decisões, em todos os níveis, buscam dados objetivos de avaliação da qualidade sobre as instituições de saúde. O licenciamento, a acreditação e a certificação são abordagens de avaliação da qualidade existentes para atender às necessidades de informação sobre qualidade e desempenho.

Essas abordagens têm diferentes propósitos e diferentes capacidades. Escolher a abordagem indicada ou uma combinação delas exige uma análise cuidadosa das necessidades e das expectativas de quem procura as informações. Isto é válido tanto para um único hospital buscando acreditação quanto para um Ministério da Saúde que deseje estabelecer padrões mínimos de qualidade para licenciar unidades rurais de planejamento familiar.

Uma das primeiras etapas ao se estabelecer um sistema de avaliação de qualidade é determinar as necessidades que ele tem de atender para que se elabore ou se escolha o sistema mais eficiente possível. Como a avaliação da qualidade não é planejada para incluir todas as diferentes necessidades encontradas na maioria dos sistemas de saúde é fundamental que as limitações
do sistema sejam claramente identificadas, assim como as suas capacidades. Por exemplo, as exigências para licenciamento não incluem a avaliação da capacidade do serviço para iniciar e manter um programa de melhoria de desempenho; entretanto, as exigências para acreditação costumam identificar essa capacidade. Da mesma forma, apesar de os padrões da ISO 9000 abordarem o sistema de gestão de qualidade de uma instituição, o seu enfoque concentra-se mais no controle do processo e nas especificações do desenho do produto e menos na avaliação dos resultados; ao passo que este último é inerente a um sistema de acreditação. ISO são as iniciais de International Organization of Standardization (“Organização Internacional de Padronização”), uma federação não-governamental de órgãos nacionais de padronização de mais de 90 países, com sede em Genebra. Apesar de poder haver divergências de abordagens, na realidade os sistemas de avaliação para licenciamento, certificação e acreditação podem ter muitos elementos comuns.

Acreditação

A acreditação é normalmente um programa voluntário, patrocinado por uma organização nãogovernamental, no qual colegas treinados externamente avaliam a conformidade da instituição de saúde com padrões de desempenho preestabelecidos. A acreditação abrange a capacidade ou desempenho da instituição, não do profissional individual. Ao contrário do licenciamento, a acreditação enfoca estratégias contínuas de melhoria e alcance de padrões ótimos de qualidade e não apenas a conformidade a padrões mínimos destinados a para garantir a segurança pública.

Os padrões de acreditação são, via de regra, desenvolvidos por um consenso de especialistas em saúde, publicados, analisados e revistos periodicamente para ficarem atualizados com o progresso na área da qualidade de serviços de saúde, avanços tecnológicos e terapêuticos e mudanças na política de saúde. Dependendo do escopo e da filosofia do modelo específico de acreditação escolhido, os seus padrões podem comportar-se como um sistema, organizando-se em torno de funções e processos-chave centrados tanto no paciente quanto na instituição (por exemplo, avaliação do paciente, controle de infecções, garantia de qualidade e gerenciamento de informações.) alternativamente, os padrões podem ser agrupados por departamentos ou serviços dentro de uma instituição de saúde, como serviços de enfermagem, farmácia e radiologia.

Os principais objetivos da acreditação são:

- Melhorar a qualidade dos cuidados da saúde estabelecendo metas ótimas a serem atingidas ao se alcançar os padrões para organizações de saúde;
- Estimular e melhorar a integração e o gerenciamento dos serviços de saúde;
- Estabelecer um banco de dados comparativos de instituições de saúde;
- Reduzir os custos dos cuidados da saúde enfocando ou aumentando a eficiência e efetividade dos serviços;
- Oferecer educação e consultoria a instituições de saúde, gerentes e profissionais de saúde sobre estratégias de melhoria de qualidade e “melhores práticas” na área da saúde;
- Fortalecer a confiança do público na qualidade dos cuidados à saúde; e
- Reduzir os riscos associados a lesões e infecções em pacientes e membros do quadro de pessoal.

Para que se tome uma decisão de acreditação quanto à capacidade de uma instituição de saúde de atender padrões de desempenho publicados, uma equipe especializada na matéria ou avaliadores treinados fazem uma avaliação in loco em intervalos predeterminados, geralmente a cada dois ou três anos. Dependendo do planejamento e das normas do programa de acreditação,

Essas avaliações ou levantamentos in loco podem ser realizados notificando-se ou não antecipadamente a instituição. Existem vantagens e desvantagens em ambas as abordagens. Quando se comunicam à instituição de saúde as datas do levantamento, ela pode tomar medidas para que os gerentes-chave e membros do quadro de pessoal estejam presentes e disponíveis para participar do processo, promovendo assim oportunidades ótimas para consultas e educação com a equipe de avaliadores. Por outro lado, quando a instituição sabe as datas exatas em que o levantamento será feito, pode haver uma tendência da instituição em investir em um esforço de último minuto para “parecer bem” perante os avaliadores, como uma limpeza especial das instalações, dificultando à equipe de avaliadores determinar as práticas e o funcionamento habitual.

Independente da abordagem que se use ao se agendar uma avaliação in loco, uma equipe de avaliadores bem treinada e detalhista examinará além da superfície aparente para determinar se essa instituição de saúde atende a uma ampla série de padrões organizacionais e voltados a cuidados prestados aos pacientes.

Os avaliadores geralmente empregam uma variedade de estratégias de avaliação para determinar se a instituição de saúde atende a padrões relativos a sistemas e funções-chave, como cuidados a pacientes, controle de infecções, gerenciamento de ambiente, gerenciamento de recursos humanos e garantia de qualidade. Por exemplo, a equipe de levantamento pode analisar documentos escritos (como planos operacionais e orçamentários, normas e procedimentos para condutas clínicas, procedimentos operacionais padronizados para a realização de certos exames laboratoriais). Além de uma análise dos documentos, os avaliadores costumam entrevistar os dirigentes da instituição, médicos, funcionários e pacientes para determinar o desempenho e a conformidade da instituição com os padrões. Por exemplo, um avaliador pode querer entrevistar um paciente sobre o seu nível de satisfação com os cuidados prestados pela instituição, bem como pedir um retorno ao paciente sobre como a instituição poderia melhorar os seus serviços ou a prestação de cuidados. Os dirigentes, incluindo membros da direção e da administração da instituição, podem ser entrevistados sobre os processos empregados pela instituição e como são projetados para atender a padrões de planejamento, orçamento, atividades de garantia da qualidade e gerenciamento de recursos humanos. Os médicos podem ser entrevistados sobre processos de assistência a pacientes (por exemplo, avaliação de pacientes, uso de medicação, exames diagnósticos).

Os avaliadores da agência de acreditação normalmente visitam o prédio da instituição e as áreas de assistência, para avaliar os padrões relacionados com aspectos gerais de segurança do prédio, gerenciamento do lixo, limpeza em manutenção em geral, gerenciamento de equipamentos e suprimentos, controle de infecções, segurança contra incêndio e preparação para emergências. Serviços diagnósticos, como o departamento de radiologia e o laboratório, são também avaliados quanto à segurança, eficácia, controle de qualidade e gerenciamento de equipamentos.

Serviços de apoio, como nutrição, farmácia e reabilitação são também áreas incluídas no levantamento para acreditação de um hospital ou centro de saúde.


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Consulte a RD Consultoria: www.rdaca.com.br ou (11) 3901-6734




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ANS começa a testar os indicadores de qualidade dos hospitais


Data de publicação: Terça-feira, 27/11/2012
A partir do início de 2013, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) começa a testar os indicadores de qualidade dos hospitais privados de várias regiões do país. A fase de teste, que começa em janeiro e vai até junho, contará inicialmente com 33 hospitais voluntários de todas as regiões, que serão submetidos a avaliações mensais. Serão avaliados os níveis de infecção, mortalidade, padrão de cirurgia segura, entre outros itens que deverão atestar a qualidade de atendimento aos pacientes.
A partir de julho, com o fim da fase de testes, a avaliação será obrigatória para os hospitais das redes próprias das operadoras de planos de saúde e opcional para os demais estabelecimentos. A ANS vai analisar 26 indicadores de qualidade dividos em seis áreas e os que apresentarem bom desempenho ganharão um selo de qualidade da Agência, identificado pela letra "Q", que deverá ficar ao lado do nome do hospital na lista de prestadores que fazem parte dos livros e portais das operadoras.
"Hoje não temos uma cultura de avaliação da qualidade desses estabelecimentos. Esse trabalho vai representar uma mudança de paradigmas", afirma o Gerente de Relações com Prestadores de Serviços da ANS, Carlos Figueiredo. Segundo ele, quando as avaliações começarem para todos os estabelecimentos, os benficiários de planos de saúde poderão escolher os hospitais para atendimento conforme os indicadores de qualidade e até cobrar das operadoras a inclusão na rede desses estabelecimentos.

Os indicadores de qualidade serão usados também, numa segunda etapa, com os serviços de apoio, diagnóstico e terapia que engloba laboratórios, diagnóstico por imagem, oncologia, hemodiálise e hemoterapia. Essas avaliações fazem parte do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços (Qualiss) que a ANS vem implementando na Saúde Suplementar.

Hospitais Voluntários:
1.    Hospital Pasteur
2.    Cardiotrauma Ipanema
3.    Hospital Paulistano
4.    Hospital Totalcor/SP
5.    Hospital Unimed Bauru
6.    Hospital Unimed São Joaquim
7.    Hospital Unimed João Pessoa
8.    Centro Hospitalar Unimed de Joinville
9.    Hospital e Maternidade Unimed Leste Paulista
10.  Hospital Unimed Caxias do Sul
11.  Hospital Unimed Santa Helena
12.  Hospital Unimed Sorocaba
13.  Hospital Unimed (Volta Redonda)
14.  Hospital de Clínicas de Niterói
15.  Instituto Mário Penna/BH
16.  Hospital Barra D'or
17.  Casa de Saúde São José
18.  Hospital Sino Brasileiro (Osasco)
19.  Hospital Santa Cruz (SP)
20.  Hospital Carlos Chagas (Guarulhos)
21.  Hospital Novo Atibaia (Atibaia)
22.  Hospital Nipo Brasileiro (SP)
23.  Hospital AMA (Arujá)
24.  Hospital Pró Cardíoco/RJ
25.  Hospital Unimed Petrópolis
26.  Hospital Vita Volta Redonda
27.  Hospital Quinta D'or
28.  Hospital Imaculada Conceição/MG
29.  Santa Casa de Misericórdia de Passos
30.  Hospital São Lucas de Governador Valadares
31.  Hospital Badim
32.  Hospital Infantil Sabará
33.  Hospital Santa Paula

Não perca mais tempo, consulte a RD Consultoria (11) 3901-6734, ela poderá ajudá-los nesta nova fase. 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Acreditação ONA chega ao Amapá e Mato Grosso do Sul


O segundo semestre de 2012 foi especialmente produtivo para a ONA - Organização Nacional de Acreditação. Além do crescimento acentuado das certificações válidas em todo o país, o Sistema Brasileiro de Acreditação registrou o ingresso de organizações de saúde em dois estados que até este ano não tinham nenhum serviço acreditado: Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste e Amapá, na região Norte.

Para o presidente da ONA, Luiz Plinio Moraes de Toledo, o aumento da cobertura para todo o território brasileiro, faz parte dos objetivos da organização e o ingresso dos dois estados caminha nessa direção. Ele ressalta também que a procura pela acreditação confirma a preocupação com a qualidade e a segurança dos serviços de saúde, "uma tendência que está se consolidando cada vez mais".

Em Campo Grande, Hospital do Coração é o primeiro serviço acreditado 

Com 49 anos de atividades e há 21 anos sendo administrado pelo Grupo Procárdio, o Hospital do Coração de Mato Grosso do Sul, é a primeira instituição de saúde do Estado a receber a acreditação ONA. Equipado com Centro de Diagnósticos Avançados, Centro Cirúrgico, consultórios e pronto atendimento, o hospital, que conta com 64 leitos,  registrou 4.231 internações e 2.950 cirurgias no último ano, além de 26.311 consultas médicas.
Até receber a Acreditação, no início deste semestre, o hospital passou pelo processo que levou 2 anos, em razão da necessidade de adequação em algumas áreas. As principais adaptações foram o aperfeiçoamento de procedimentos já existentes e a implantação de novos protocolos, como explica Renata Rezende, administradora do Hospital: "A gestão de qualidade e segurança do paciente já fazia parte de nosso trabalho e os padrões ONA nos ajudaram a aperfeiçoá-lo. Para isso, desenvolvemos os mapas de processos e identificamos os riscos das unidades. Também foi feito um trabalho constante de sensibilização para notificação dos eventos, trabalhando e desenvolvendo com nossos colaboradores a gestão pró-ativa e a percepção do senso crítico".
Segundo Renata Rezende, a construção de equipes sólidas e a promoção da maior segurança aos pacientes e profissionais, foram alguns dos grandes avanços decorrentes do processo de certificação. Entre os procedimentos adotados ou aperfeiçoados, ela destaca os protocolos de dor torácica, onde a estratégia é baseada em evidências que contribuem para a detecção e tratamento precoce das Síndromes Coronarianas Agudas e orientam a tomada de decisões da equipe; e o protocolo de deteriorização clínica nas unidades de internação/time de resposta rápida – que permite a detecção precoce de deterioração clínica dos pacientes nas unidades de internação.
O processo para a acreditação resultou, ainda, na implantação da Farmácia Clínica, com o objetivo de garantir o uso correto do medicamento, reduzindo o tempo de internação e melhorando a adesão ao tratamento; Segurança cirúrgica – que inclui ações de consulta de enfermagem pré-operatória; uso de antibiótico para profilaxia cirúrgica; conferência e marcação do membro a ser operado e vigilância cirúrgica. Outros setores, como as comissões de Revisão de Óbitos; Revisão de Prontuários; Comitê Hemoterápico e Comissão de Ética Médica, também passaram por aperfeiçoamentos.
"Buscamos a Acreditação porque, como profissionais de saúde, trabalhamos para oferecer assistência de qualidade", afirma a administradora do hospital. "Entendemos a certificação como um caminho seguro para consolidar a meta de melhoria contínua e temos a expectativa de alcançar o padrão mais elevado de desempenho, tendo como parâmetro a satisfação das pessoas que recebem nosso atendimento".

Hospital São Camilo e São Luís coloca Amapá no mapa da ONA

No Macapá, o Hospital São Camilo e São Luís (HSCSL) também foi a primeira instituição acreditada pela ONA no Estado do Amapá. Inaugurada em 1969, a instituição é resultado de uma obra missionária que começou com atendimento ambulatorial e atualmente possui 188 leitos, incluindo 10 leitos de UTI Adulto e 9 de UTI Neonatal. Credenciado junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), que representa 60% do movimento total, o hospital considerado de referência no Estado, realiza atendimento nas especialidades de alta e média complexidade. Em setembro foram registrados 6.683 atendimentos ambulatoriais, 6.435 no pronto atendimento, 387 procedimentos cirúrgicos, 362 partos e 46.360 exames.
O processo para certificação do hospital teve início em 2007, exigindo adequações nos processos assistenciais e gerenciais, além da implantação de rotinas e protocolos. Com o envolvimento da alta administração até o menor nível operacional, a instituição também intensificou as atividades para melhoria contínua e segurança do paciente.
Segundo Viviane Duarte - Enfermeira da Qualidade do HSCSL, com a certificação ONA o objetivo é aprimorar a qualidade nos serviços prestados e a segurança nos processos, na expectativa de conquistar espaço e de crescer orientada para o desempenho organizacional, promover o atendimento eficaz à população e a competição de mercado. "O processo tem contribuído para o aprimoramento na prestação da assistência e no comportamento da equipe - pilares essenciais para a conquista dos objetivos institucionais".

Certificações válidas ONA crescem cerca de 10% em três meses


A Organização Nacional de Acreditação (ONA) homologou 34 processos de agosto até o início de outubro, entre novas certificações e recertificações de serviços de saúde em todo o País. O número indica um crescimento de quase de 10% em relação às certificações válidas, que atingiu um total de 324 instituições no mesmo período. Outro resultado positivo é que a rede de serviços homologados incluiu a certificação inédita de instituições de saúde no Mato Grosso do Sul e Amapá, que agora se somam aos outros 20 estados brasileiros que já têm instituições acreditadas pelo Sistema Brasileiro de Acreditação - SBA/ONA.
No total foram concedidas 13 novas certificações, entre as quais um Selo de Qualificação e 20 recertificações, incluindo um up-grade (mudança de Nível de Qualidade). São Paulo foi o estado com o maior número de homologações, com 16 acreditações concedidas; seguido por Minas Gerais, com seis; Bahia, com três e Rio de Janeiro, com duas. Além do Distrito Federal, Amapá e Mato Grosso do Sul, os estados do Rio Grande do Norte, Pará, Espirito Santo e Santa Catarina também tiveram uma homologação cada.
Entre os novos serviços certificados e os que foram recertificados, onze estão no Nível I (Acreditado); doze estão no Nível II (Acreditação Plena) e dez no Nível III (Acreditado com Excelência). São quinze hospitais; dois hemocentros, seis laboratórios e 10 clínicas ou centros de serviços oncológicos. Além disso, foi fornecido mais um Selo de Qualificação, sistema de certificação atribuído pela primeira vez em julho deste ano para os serviços para a saúde. O Hospital São Lucas, de Ribeirão Preto/SP, que atingiu o Nível III em setembro último, recebeu a 7ª recertificação SBA/ONA e é uma das Organizações Prestadoras de Serviço de Saúde (OPSS) mais antigas acreditadas pelo SBA/ONA
   
O processo de acreditação é realizado atualmente através de sete IACs – Instituições Acreditadoras Credenciadas: DNV (Det Norske Veritas); DICQ (Sistema Nacional de Acreditação Ltda); FCAV (Fundação Carlos Alberto Vanzolini); GL (Germanischer Lloyd Certification); IAHCS (Instituto de Acreditação Hospitalar e Certificação em Saúde); IPASS (Instituto de Planejamento e Pesquisa para Acreditação em Serviços de Saúde); e IQG (Instituto Qualisa de Gestão).

sábado, 10 de novembro de 2012

Gerenciamento de Risco traz mais segurança no atendimento à saúde



O gerenciamento de risco faz parte da metodologia para a acreditação da ONA – Organização Nacional de Acreditação, como medida de prevenção a ocorrências em todos os âmbitos que envolvem os serviços de saúde. Sua aplicação pelas equipes assistenciais e administrativas de hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros, traz reflexos diretos na qualidade do atendimento, evitando ou prevenindo danos ao paciente, bem como à própria instituição de saúde.
As experiências do Hospital Quinta D'Or, do Rio de janeiro/RJ e do Hospital Biocor, de Nova Lima/MG, dois hospitais Acreditados com Excelência (Nível 3) pelo Sistema Brasileiro de Acreditação-ONA, demonstram como funciona e os resultados obtidos com o Gerenciamento de Riscos.
“Para ser eficaz, o gerenciamento de risco envolve um conjunto de ações voltadas para a identificação e classificação dos riscos inerentes a uma determinada atividade, permitindo prevenir sua ocorrência ou mitigar os danos, quando for impossível evitar sua ocorrência”, resume o médico Guilherme Villa, diretor do Hospital Quinta D´Or. Segundo ele, a metodologia surgiu no mercado financeiro, mas foi incorporada a área de saúde há 30 anos, devido ao crescimento e evolução da complexidade dos hospitais, com o objetivo de proteção contra perdas.
“No início a preocupação das instituições era voltada para as consequências dos erros e não para prevenção. Atualmente a gestão de riscos na área de saúde tem ênfase muito maior na identificação, mapeamento e acompanhamento das atividades, baseado em uma política preventiva, corretiva e contigencial, com foco na redução de danos”.
No caso do hospital carioca, a instituição adotou o gerenciamento de risco como politica de gestão de qualidade, envolvendo o processo de identificação, análise, estratificação e tratamento. O conceito de “evento sentinela” também é utilizado na ocorrência de algum dano, servindo para o aprendizado institucional e desencadeando medidas com o objetivo de criar barreiras para evitar sua reincidência.
Para o médico Mário Vrandecic, diretor administrativo do Hospital Biocor, “as organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam influências e fatores internos e externos que tornam incertos os objetivos ou resultados esperados e o gerenciamento de risco visa sua minimização ou impede sua ocorrência”. Ele explica que, por isso, o Biocor desenvolve uma gestão com o foco nos riscos, “de forma a permitir a sustentabilidade da instituição, agregando benefícios aos pacientes, colaboradores e corpo clínico, entre outros interessados na assistência à saúde”.
Na opinião dos dois médicos, o gerenciamento de riscos prevê a participação de todos os segmentos, da administração ao corpo clínico, para que os resultados atinjam seus objetivos.
“A certificação força a transição de uma gestão errática e dependente de desempenhos pessoais para um modelo de gestão focado em processos e que promova o crescimento sustentável. Em decorrência, temos um aprendizado institucional constante, com foco muito intenso na segurança do paciente”, garante o diretor do Quinta D’Or.
No Biocor, segundo o diretor administrativo, essa visão estratégica está presente desde o início das atividades, em 1985, mas a Acreditação ONA intensificou a cultura de atuar com base em processos bem estruturados, integrados e previamente definidos. No caso do Hospital Quinta D’Or, com 11 anos de existência, a qualidade assistencial também faz parte da política da instituição, “porém, a sistemática de registro, gestão por indicadores, ciclos de melhoria contínua e um olhar profissional sobre os riscos e as possíveis ações para mitiga-los surgiram de fato após a acreditação”, segundo Guilherme Villa.
  Entre os desafios para a Gestão de Qualidade e o gerenciamento de riscos, o diretor do Quinta D’Or inclui a capilarização dos conceitos envolvidos na promoção de uma assistência hospitalar. “Isso envolve quebras de paradigmas e mudanças de cultura extremamente arraigadas na formação dos profissionais”, avalia o médico. Ele esclarece que a nova postura exige do médico divisão de papeis e de responsabilidade com a qual não estava habituado, incluindo também liderança e criatividade para encontrar formas de comunicação que contemplem os diferentes níveis de compreensão de cada área envolvida na atividade.
“Apesar de não haver imposição de metodologias, com a acreditação somos forçados a definir e implementar um modelo de gestão focado na melhoria contínua dos processos. É um trabalho de médio e longo prazo e envolve a confiança entre liderança e liderados, além de uma abordagem que não foque a análise dos erros a partir do desempenho pessoal ou da responsabilização pelo erro, mas sim na revisão e melhoria sistemática dos processos e estrutura”, afirma Villa.
Mário Vrandecic explica que o gerenciamento dos riscos no Biocor é devidamente documentado e possui processos e procedimentos previamente definidos, totalmente integrados com o Sistema de Gestão. “Sua aplicação se inicia com a identificação, a análise, a avaliação e, em seguida, o tratamento dos riscos, com controles que minimizam seus efeitos até níveis aceitáveis dentro de padrões de segurança específicos em cada atividade”. Como estratégia de estimulo para o envolvimento e participação das equipes, a Instituição comunica e consulta as partes interessadas, monitorando e analisando criticamente os riscos e os seus mecanismos de controle.
Na avaliação de Guilherme Villa, o gerenciamento de riscos é uma fonte valiosa para tomada de decisão, dando maior segurança à instituição, parceiros, colaboradores, e pacientes com melhoria na comunicação, gestão dos recursos e aperfeiçoamento nos sistemas de alerta de perigos. “Podemos observar resultados importantes de uma gestão voltada para a segurança através da redução da incidência de eventos sentinelas e de danos. No Quinta D’Or isso resultou em uma nítida modificação na curva de tendência dos índices de infecção da corrente sangüínea associada à utilização de cateter venoso, por exemplo”.
“Outro resultado está evidenciado no Time de Resposta Rápida (TRR), projeto com a finalidade de atender às intercorrências em pacientes fora do ambiente de UTI, identificando sinais de alerta que apontem para uma deterioração do quadro clínico, visando evitar que o doente necessite de tratamento intensivo. A partir dessa prática registramos uma significativa redução de transferência para ambiente de CTI”, garante.
Entre os resultados obtidos na Gestão de Riscos no Biocor, seu diretor destaca o estimulo à gestão proativa e a possibilidade de identificar e tratar os riscos na organização, melhorar as oportunidades de promover a locação e utilização eficaz dos recursos. “Outras melhorias observadas dizem respeito à eficácia e eficiência operacional; segurança e saúde, bem como à proteção do meio ambiente, prevenção de perdas e à gestão de incidentes”. Ele inclui, ainda, a aprendizagem organizacional, que se reflete na governança e na confiança entre as partes interessadas para a tomada de decisão e o planejamento da instituição.
“Todas as normas aplicadas no Biocor em que somos certificados, especialmente a ONA, formam um Sistema Integrado de Gestão, com uma cultura sedimentada na minimização dos riscos, nos direitos do paciente, na atuação profissional ética e responsável da assistência à saúde, no monitoramento por meio de indicadores e metas, entre outros tantos requisitos", conclui o médico.
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Certificações válidas ONA crescem cerca de 10% em três meses


A Organização Nacional de Acreditação (ONA) homologou 34 processos de agosto até o início de outubro, entre novas certificações e recertificações de serviços de saúde em todo o País. O número indica um crescimento de quase de 10% em relação às certificações válidas, que atingiu um total de 324 instituições no mesmo período. Outro resultado positivo é que a rede de serviços homologados incluiu a certificação inédita de instituições de saúde no Mato Grosso do Sul e Amapá, que agora se somam aos outros 20 estados brasileiros que já têm instituições acreditadas pelo Sistema Brasileiro de Acreditação - SBA/ONA.
No total foram concedidas 13 novas certificações, entre as quais um Selo de Qualificação e 20 recertificações, incluindo um up-grade (mudança de Nível de Qualidade). São Paulo foi o estado com o maior número de homologações, com 16 acreditações concedidas; seguido por Minas Gerais, com seis; Bahia, com três e Rio de Janeiro, com duas. Além do Distrito Federal, Amapá e Mato Grosso do Sul, os estados do Rio Grande do Norte, Pará, Espirito Santo e Santa Catarina também tiveram uma homologação cada.
Entre os novos serviços certificados e os que foram recertificados, onze estão no Nível I (Acreditado); doze estão no Nível II (Acreditação Plena) e dez no Nível III (Acreditado com Excelência). São quinze hospitais; dois hemocentros, seis laboratórios e 10 clínicas ou centros de serviços oncológicos. Além disso, foi fornecido mais um Selo de Qualificação, sistema de certificação atribuído pela primeira vez em julho deste ano para os serviços para a saúde. O Hospital São Lucas, de Ribeirão Preto/SP, que atingiu o Nível III em setembro último, recebeu a 7ª recertificação SBA/ONA e é uma das Organizações Prestadoras de Serviço de Saúde (OPSS) mais antigas acreditadas pelo SBA/ONA
  
O processo de acreditação é realizado atualmente através de sete IACs – Instituições Acreditadoras Credenciadas: DNV (Det Norske Veritas); DICQ (Sistema Nacional de Acreditação Ltda); FCAV (Fundação Carlos Alberto Vanzolini); GL (Germanischer Lloyd Certification); IAHCS (Instituto de Acreditação Hospitalar e Certificação em Saúde); IPASS (Instituto de Planejamento e Pesquisa para Acreditação em Serviços de Saúde); e IQG (Instituto Qualisa de Gestão).

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ONA inicia certificação de Serviços Odontológicos no Brasil


A EXPECTATIVA É QUE A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DA QUALIDADE CONTRIBUA PARA A MELHORIA DOS PROCESSOS E DISSEMINE A GESTÃO DE RISCO NO SETOR DE ODONTOLOGIA
A ONA – Organização Nacional de Acreditação acaba de lançar mais um manual, ampliando sua área de atuação para a Odontologia. A apresentação no novo manual foi feita em workshop que reuniu avaliadores do Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA, na última  segunda-feira, 20 de agosto, na sede da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, em São Paulo.

A importância da iniciativa pode ser medida pelo tamanho do universo profissional, com cerca de 240.000 cirurgiões-dentistas em atividade em todo o País, mais de 33.500 organizações prestadoras de assistência odontológica e um total de aproximadamente 362.000 trabalhadores no setor, considerando também atendentes, auxiliares e técnicos, segundo dados do Conselho Federal de Odontologia. Até agora não exisitia nenhuma certificação dirigida a estes serviços e a iniciativa da ONA, segundo Luís Plínio de Toledo, presidente da Organização, é uma resposta à própria categoria que reivindicava a inclusão dos serviços odontológicos entre as atividades de saúde Acreditadas.
"A ONA iniciou o processo de acreditação nos hospitais (a exemplo do que ocorre em todo o mundo), para depois abranger as especialidades da área médica e, agora, com uma base sustentável e bastante sólida, estender o processo para os serviços odontológicos”, resume o presidente da ONA.
Segundo a assessora da ONA, Maria Carolina Moreno, a acreditação é utilizada pelas organizações de saúde para implementar e avaliar a qualidade dos serviços prestados. “O processo de adequação pode levar alguns anos, dependendo da capacidade e condições das organizações de saúde que, mesmo depois de certificadas, se obrigam a avaliações regulares”.
O procedimento precisa ser revalidado em períodos que variam de dois a três anos – com o prazo de dois anos para a acreditação em nível 1 (Acreditação), ou nível 2(Acreditação Plena) e três anos, para os acreditados nível 3 (Acreditação com Excelência).
Entre as vantagens da Acreditação, Maria Carolina cita a organização de processos; redução de custos; padronização de procedimento de segurança; redução de riscos; melhoria da qualidade da assistência e aprimoramento de gestão.
 “Para ter sucesso no empreendimento, é preciso também estabelecer a cultura da melhoria contínua, com a busca voluntária da qualidade e o processo de construção de equipe que inclua a educação desde a alta administração até o nível operacional, se consideramos que competitividade exige conscientização e iniciativa”, avalia Carolina.
Em atividade há quase 15 anos, a ONA já realiza acreditação de diversos serviços de saúde, como hospitais; laboratórios; hemoterapia; diagnóstico por imagem, radioterapia e medicina nuclear; home care; ambulatórios e pronto atendimentos; serviços de nefrologia e terapia renal substitutiva e programas de saúde e prevenção de riscos. Além disso, a ONA criou o Selo de Qualificação de Serviços para a Saúde como processamento de roupa para serviços de saúde; serviços de dietoterapia; serviços de esterilização e reprocessamento de materiais e serviços de manipulação.
O novo manual foi elaborado por um Comitê Técnico, formado ainda no final de 2011 por representantes da ONA, IACs (Instituições Acreditadoras Credenciadas) e ABCD (Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas), além de professores de Odontologia e outros profissionais da área. O processo incluiu consulta pública, quando a minuta do manual ficou disponível por um período de 30 dias no Portal da ONA.
O manual já está disponível para aquisição no portal ONA, podendo ser acessado através do link: https://www.ona.org.br/Produtos/14/Normas-e-Manuais.

Gerenciamento de Risco traz mais segurança no atendimento à saúde


O gerenciamento de risco faz parte da metodologia para a acreditação da ONA – Organização Nacional de Acreditação, como medida de prevenção a ocorrências em todos os âmbitos que envolvem os serviços de saúde. Sua aplicação pelas equipes assistenciais e administrativas de hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros, traz reflexos diretos na qualidade do atendimento, evitando ou prevenindo danos ao paciente, bem como à própria instituição de saúde.
As experiências do Hospital Quinta D'Or, do Rio de janeiro/RJ e do Hospital Biocor, de Nova Lima/MG, dois hospitais Acreditados com Excelência (Nível 3) pelo Sistema Brasileiro de Acreditação-ONA, demonstram como funciona e os resultados obtidos com o Gerenciamento de Riscos.
“Para ser eficaz, o gerenciamento de risco envolve um conjunto de ações voltadas para a identificação e classificação dos riscos inerentes a uma determinada atividade, permitindo prevenir sua ocorrência ou mitigar os danos, quando for impossível evitar sua ocorrência”, resume o médico Guilherme Villa, diretor do Hospital Quinta D´Or. Segundo ele, a metodologia surgiu no mercado financeiro, mas foi incorporada a área de saúde há 30 anos, devido ao crescimento e evolução da complexidade dos hospitais, com o objetivo de proteção contra perdas.
“No início a preocupação das instituições era voltada para as consequências dos erros e não para prevenção. Atualmente a gestão de riscos na área de saúde tem ênfase muito maior na identificação, mapeamento e acompanhamento das atividades, baseado em uma política preventiva, corretiva e contigencial, com foco na redução de danos”.
No caso do hospital carioca, a instituição adotou o gerenciamento de risco como politica de gestão de qualidade, envolvendo o processo de identificação, análise, estratificação e tratamento. O conceito de “evento sentinela” também é utilizado na ocorrência de algum dano, servindo para o aprendizado institucional e desencadeando medidas com o objetivo de criar barreiras para evitar sua reincidência.
Para o médico Mário Vrandecic, diretor administrativo do Hospital Biocor, “as organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam influências e fatores internos e externos que tornam incertos os objetivos ou resultados esperados e o gerenciamento de risco visa sua minimização ou impede sua ocorrência”. Ele explica que, por isso, o Biocor desenvolve uma gestão com o foco nos riscos, “de forma a permitir a sustentabilidade da instituição, agregando benefícios aos pacientes, colaboradores e corpo clínico, entre outros interessados na assistência à saúde”.
Na opinião dos dois médicos, o gerenciamento de riscos prevê a participação de todos os segmentos, da administração ao corpo clínico, para que os resultados atinjam seus objetivos.
“A certificação força a transição de uma gestão errática e dependente de desempenhos pessoais para um modelo de gestão focado em processos e que promova o crescimento sustentável. Em decorrência, temos um aprendizado institucional constante, com foco muito intenso na segurança do paciente”, garante o diretor do Quinta D’Or.
No Biocor, segundo o diretor administrativo, essa visão estratégica está presente desde o início das atividades, em 1985, mas a Acreditação ONA intensificou a cultura de atuar com base em processos bem estruturados, integrados e previamente definidos. No caso do Hospital Quinta D’Or, com 11 anos de existência, a qualidade assistencial também faz parte da política da instituição, “porém, a sistemática de registro, gestão por indicadores, ciclos de melhoria contínua e um olhar profissional sobre os riscos e as possíveis ações para mitiga-los surgiram de fato após a acreditação”, segundo Guilherme Villa.
  Entre os desafios para a Gestão de Qualidade e o gerenciamento de riscos, o diretor do Quinta D’Or inclui a capilarização dos conceitos envolvidos na promoção de uma assistência hospitalar. “Isso envolve quebras de paradigmas e mudanças de cultura extremamente arraigadas na formação dos profissionais”, avalia o médico. Ele esclarece que a nova postura exige do médico divisão de papeis e de responsabilidade com a qual não estava habituado, incluindo também liderança e criatividade para encontrar formas de comunicação que contemplem os diferentes níveis de compreensão de cada área envolvida na atividade.
“Apesar de não haver imposição de metodologias, com a acreditação somos forçados a definir e implementar um modelo de gestão focado na melhoria contínua dos processos. É um trabalho de médio e longo prazo e envolve a confiança entre liderança e liderados, além de uma abordagem que não foque a análise dos erros a partir do desempenho pessoal ou da responsabilização pelo erro, mas sim na revisão e melhoria sistemática dos processos e estrutura”, afirma Villa.
Mário Vrandecic explica que o gerenciamento dos riscos no Biocor é devidamente documentado e possui processos e procedimentos previamente definidos, totalmente integrados com o Sistema de Gestão. “Sua aplicação se inicia com a identificação, a análise, a avaliação e, em seguida, o tratamento dos riscos, com controles que minimizam seus efeitos até níveis aceitáveis dentro de padrões de segurança específicos em cada atividade”. Como estratégia de estimulo para o envolvimento e participação das equipes, a Instituição comunica e consulta as partes interessadas, monitorando e analisando criticamente os riscos e os seus mecanismos de controle.
Na avaliação de Guilherme Villa, o gerenciamento de riscos é uma fonte valiosa para tomada de decisão, dando maior segurança à instituição, parceiros, colaboradores, e pacientes com melhoria na comunicação, gestão dos recursos e aperfeiçoamento nos sistemas de alerta de perigos. “Podemos observar resultados importantes de uma gestão voltada para a segurança através da redução da incidência de eventos sentinelas e de danos. No Quinta D’Or isso resultou em uma nítida modificação na curva de tendência dos índices de infecção da corrente sangüínea associada à utilização de cateter venoso, por exemplo”.
“Outro resultado está evidenciado no Time de Resposta Rápida (TRR), projeto com a finalidade de atender às intercorrências em pacientes fora do ambiente de UTI, identificando sinais de alerta que apontem para uma deterioração do quadro clínico, visando evitar que o doente necessite de tratamento intensivo. A partir dessa prática registramos uma significativa redução de transferência para ambiente de CTI”, garante.
Entre os resultados obtidos na Gestão de Riscos no Biocor, seu diretor destaca o estimulo à gestão proativa e a possibilidade de identificar e tratar os riscos na organização, melhorar as oportunidades de promover a locação e utilização eficaz dos recursos. “Outras melhorias observadas dizem respeito à eficácia e eficiência operacional; segurança e saúde, bem como à proteção do meio ambiente, prevenção de perdas e à gestão de incidentes”. Ele inclui, ainda, a aprendizagem organizacional, que se reflete na governança e na confiança entre as partes interessadas para a tomada de decisão e o planejamento da instituição.
“Todas as normas aplicadas no Biocor em que somos certificados, especialmente a ONA, formam um Sistema Integrado de Gestão, com uma cultura sedimentada na minimização dos riscos, nos direitos do paciente, na atuação profissional ética e responsável da assistência à saúde, no monitoramento por meio de indicadores e metas, entre outros tantos requisitos", conclui o médico.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Gestão de Qualidade e Gestão Estratégica

Gestão da qualidade é o pote de ouro no final do arco-íris, é o que toda empresa busca hoje para poder sobreviver neste mundo altamente globalizado e competitivo; dez entre dez empresas que procuram consultores externos têm, como pano de fundo, problemas de qualidade. Quase sempre problema de qualidade na gestão, mesmo quando o problema é detectado na qualidade do produto. Um bem implantado sistema de gestão da qualidade tem condições de resolver boa parte do problema, uma vez que o sistema se inicia lá atrás, na concepção do produto ou serviço. Mas não resolve totalmente, porque para isso precisaria se iniciar antes do antes. Muito mais lá atrás. Cinco minutos antes do nada. Na concepção inicial. Na estratégia.
Como vimos em artigos anteriores, toda estratégia acontece através de objetivos claros que podem ser atingidos a curto ou longo prazo. É através deles que se direciona melhor a necessidade de ações estratégicas, que permeiam todos os níveis de uma empresa. Para isso precisamos organizar todas as informações de que dispomos e nos concentrarmos naquelas que são realmente estratégicas e fundamentais para o cumprimento do propósito da empresa, Uma vez feito isso, ficará claro que alguns objetivos e fatores são críticos para o sucesso e, por isso mesmo, são conhecidos como Fatores Críticos de Sucesso.
Estes fatores revelam os principais aspectos cujo desempenho pode afetar positiva ou negativamente o sucesso de uma empresa. Entretanto, os fatores não são os mesmos para todas as organizações, pois cada uma tem um momento e um contexto empresarial distinto. Por exemplo, uma empresa que esteja passando por uma reestruturação financeira motivada por alto nível de endividamento, pode ter como um dos fatores críticos de sucesso a renegociação de prazos de pagamento com os fornecedores. Ou seja, os fatores críticos de sucesso estão diretamente ligados aos objetivos estratégicos, pois eles podem ser considerados os “pontos-chaves” que definirão o sucesso ou o fracasso dos objetivos definidos, no momento da elaboração do mapa estratégico.
O trabalho do gestor, neste caso, é descobrir (será que o  termo adequado é este mesmo?), sei lá, buscar, encontrar... quais seriam os fatores que aumentam, em muito, as chances de sucesso da empresa e entenda a sua importância na prática. Óbvio que estes fatores mudam, dependendo do tipo de negócio da empresa, claro!  Em se tratando de uma empresa que tenha um produto no mercado poder-se-ia colocar quatro fatores que poderíamos considerar como essenciais para o sucesso do negócio: pesquisa e desenvolvimento, credibilidade, certificação e canal de vendas. Os fatores Credibilidade Certificação até poderiam ser fundidos num só, a priori, mas não é o caso porque a credibilidade é conquistada ao longo de um tempo e é resultado do somatório de todas os acertos, em todas as áreas da empresa, e é concedido pelo Deus Mercado, a entidade suprema.
Já a Certificação é resultado de um trabalho desenvolvido internamente. Se analisarmos individualmente cada um dos fatores veremos que o fator Pesquisa e Desenvolvimento tem um peso razoável, uma vez que as inovações tecnológicas sempre apontam novos caminhos na produção e na formulação de produtos. É possível, hoje, fabricar produtos cada vez mais segmentados, focados nas reais necessidades dos clientes. Além disso, novos equipamentos otimizam a produção, aumentando a eficiência e reduzindo preços. Já o fator Credibilidade não é simples de ser conseguido, pois além da conquista do cliente, as empresas precisam conseguir a credibilidade de outros stakeholders  (pessoas ou empresas envolvidas no setor) cujas opiniões, artigos ou divulgação dão maior sustentação. O fator Certificação dispensa maiores comentários pois funciona como um selo, um carimbo atestatório do sistema de qualidade do fabricante. O fator Canal de Vendas é crucial pois independentemente  do canal de vendas escolhido pelo fabricante (vendas diretas, via web, varejo e etc), é essencial que o cliente-usuário tenha fácil disponibilização ao produto, aonde ele estiver,  com uma periodicidade adequada ao seu consumo.
Por conta disso, é muito importante o momento de definição dos objetivos estratégicos e uma boa sugestão é fazê-la por meio de "pontos de vista", as chamadas perspectivas, as quais podem relacionar-se a:
  • a partes interessadas: força de trabalho, clientes, finanças (empresários/acionistas), sociedade;
  • a fornecedores;
  • a mecanismos internos de trabalho (de apoio, de produção, críticos);
  • ao diferencial competitivo: inovação, flexibilidade, aprendizado e crescimento;
Seriam quatro, as perspectivas a serem observadas:
Perspectiva financeira
verifica se a estratégia da empresa está contribuindo para a melhoria dos resultados financeiros. Essa perspectiva se relaciona com rentabilidade e crescimento;
Perspectiva do cliente
essa perspectiva ajuda a definir estratégias para o mercado e os segmentos onde se deseja competir, desenvolvendo medidas específicas para se alcançar os fatores realmente
importantes para os clientes. Essa perspectiva se relaciona com satisfação e lucratividade;
Perspectiva dos processos internos
essa perspectiva deve apontar os melhores processos para se ter condições de implementar as perspectivas anteriores;
Perspectiva do aprendizado e do crescimento
uma empresa só cresce a partir do aprendizado. Capacitação e investimentos são importantes trunfos para o sucesso;
Uma empresa, evidentemente, precisa ser lucrativa, seus gerentes precisam pensar, e pensar muito, mas essa lucratividade só será possível se os clientes e o mercado forem bem atendidos. Entretanto, isso só se dará através de melhores processos internos, por meio de colaboradores motivados e capacitados, com o suporte de um líder e de um sistema de informações adequados. Vamos conhecer as quatro perspectivas citadas de forma mais detalhada. Mas em outro artigo mais à frente.

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